SINDSEMP-BA contrata pesquisa sobre saúde mental no Ministério Público da Bahia

O SINDSEMP-BA acaba de contratar uma importante pesquisa para avaliar os fatores psicossociais no trabalho dos servidores da instituição. Mais uma ação necessária e em alusão à Campanha Janeiro Branco, o estudo, intitulado “Pesquisa sobre Fatores Psicossociais no trabalho na percepção dos servidores do Ministério Público do Estado da Bahia”, tem início ainda neste semestre e objetiva mapear os fatores considerados riscos psicossociais.
Os fatores psicossociais, segundo definição da Organização Internacional do Trabalho, estão relacionados à influência mútua que se dá entre o conteúdo do trabalho, o modo de realização da tarefa, as relações entre as pessoas e a forma como o trabalhador percebe e avalia essas questões. Esses fatores têm a capacidade de afetar o desenvolvimento do trabalho e a saúde do trabalhador de forma positiva ou negativa, e, quando ensejam danos à saúde (sofrimento ou ameaça) são denominados riscos psicossociais no trabalho.
A partir deste mapeamento, o SINDSEMP-BA visa sugerir à Administração Superior do Parquet planos e estratégias de enfrentamento a esses riscos, considerando o cenário de implementação da Resolução CNMP nº 265/2023 – que instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Mental dos integrantes do Ministério Público.
A pesquisa será realizada por uma equipe de especialistas formada pela doutora em Psicologia, Adriana Machado Pooli, pelo doutor em Administração, Renato Koch Colomby, e pela doutora em Administração, Silvia Generali da Costa. Além desses profissionais, também participarão do trabalho um assistente de pesquisa e um estatístico. Vale destacar que parte da equipe dos pesquisadores que foram contratados pelo SINDSEMP-BA integraram a equipe contratada pelo CNMP para realizar a pesquisa, dentro do projeto Bem Viver, que fomentou a publicação da supracitada Resolução CNMP nº 265/2023.
A metodologia da pesquisa será por meio de um estudo misto, com predominância quantitativa, utilizando diferentes instrumentos de coleta de dados, como questionários e escalas. A expectativa é que haja aderência à pesquisa da maior parte dos servidores, efetivos e comissionados, a fim de assegurar um resultado robusto, que embase propostas de intervenção e melhoria das condições de trabalho no MPBA que, de fato, possam mitigar práticas que, possivelmente, estejam levando os servidores a situações de sofrimento ou ameaça à saúde mental. A aplicação do formulário está prevista para acontecer no mês de junho deste ano.
De acordo com a doutora em Administração, Silvia Generali da Costa, a pesquisa é uma forma de mensurar, através de instrumentos validados cientificamente, os riscos psicossociais no trabalho dos servidores do Ministério Público da Bahia. “Além disso, o mapeamento desses fatores nos permitirá apontar ações que minimizem os riscos e potencializem os fatores de proteção, sempre com vistas a um ambiente de trabalho mais saudável e gratificante”, destacou Silvia. “Esperamos que o maior número possível de servidores responda à pesquisa, para que possamos ter os mais altos índices de confiabilidade.”, completou.
É importante destacar que os dados coletados na pesquisa serão tratados em total sigilo e preservação da identidade dos servidores. Ademais, a pesquisa será iniciada apenas após a aprovação do Comitê de Ética do Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Palmas.
Os resultados da pesquisa estão previstos para setembro de 2025. “Consideramos essa pesquisa de suma importância, não apenas como a possibilidade de retratar a realidade atual do MPBA em termos de condições de trabalho em seus mais diversos aspectos, mas como a possibilidade real de contribuir para que, cada vez mais, o orgulho que sentimos perante a sociedade por sermos integrantes do Ministério Público se reflita no prazer em exercer nossas atividades rotineiramente, por estarmos inseridos em um ambiente onde o respeito, o reconhecimento, a união e a valorização sejam características permanentes nas equipes de trabalho”, pontuou a Diretora-presidente do SINDSEMP-BA, Erica Oliveira.